Casa velha, morada antiga essa minha, esse corpo meu.
Já não me lembro quantos aqui passaram, as vezes que aqui invadiram e tiraram o sono, a paz.
Quantas e quantas vezes bagunçaram o quarto, mudaram os móveis de lugar, trocaram o gosto da pasta de dentes. Já não me lembro quantas vezes abri as portas e janelas e os vi partir.
Hoje, com o encanamento ressecado, cansado e escorrendo passado por todos os cômodos, respiro fundo e permito que aquele apertando a campainha, entre.
Abro as portas e janelas, eu permito.
Sempre penso: "Pode ser o encanador!"
2 comentários:
é isso. temos quase que o dever de nos permitir, pois as coisas são feitas de idas e vindas, mesmo que esperemos muitas vezes por aquela que fique, um dia... quem sabe?
diiiiim dooooooom.rs
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