domingo, 9 de maio de 2010

Sala de espera para lugar nenhum.



A primeira vez que o vi, ele esperava Ana voltar.
Disse que se sentia aliviado, mas que a falta fazia silêncio demais.
Quando nos encontramos pela segunda vez, o silêncio não incomodava, dizia. E silêncio quando diz, assusta.
Não o vi por meses. Minha estrada não passou por ele.
Assim aceitei.
Ouvi falar que Ana voltou. 
Que estão juntos e que ele até voltou a sorrir. 
Dia desses o vi de longe, esperando o ônibus pro centro, com aquele olhar distante da primeira vez que o vi.
Ouvi falar que Ana voltou.

6 comentários:

Emely disse...

no meu caso nao eh ana e sim Ane...

Delon disse...

Será que elas sempre voltam? Ou deixam espaço pra quem apenas veio, ou pra quem jamais foi?

Acho que todo mundo é a Ana de alguém, e também tem suas Anas de endereço incerto ou longe ao menos... As vezes o endereço que distancia não seria outra mão que segura?

Quem seria a tua Ana? E tu, não é Ana de tantos que olham um olhar perdido no ponto de ônibus?

Ouvi falar...

Anônimo disse...

De todos os seus poemas esse é o melhor de todos! Eu nunca me identifiquei tanto com algo como me identifique com esse poema. Parece que vc me conhece e fez pra mim! Parabens por saber ser voce e outros ao mesmo tempo, isso é um Dom!
Sou sua fã. Beijos
Ana Paula

literatura e cultura livre disse...

oi larissa,
estou realizando uma pesquisa com autores que utilizam da internet para publicar suas narrativas. gostaria de convidá - la a participar. o questionário está disponível no blog: www.literaturaeculturalivre.blogspot.com
desde já, agradeço sua atenção.

ana carolina

smonkey man disse...

gostei especialmente desse!!

Meire disse...

Já disse que você escreve muito bem?